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JUN
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O USO DE VEÍCULOS AÉREOS NÃO TRIPULADOS (VANTs) NOS DIVERSOS CAMPOS DA ENGENHARIA.

Quarta, 14/06/2023

Novas tecnologias estão presentes nos diversos campos da engenharia, trazendo à sociedade novos desafios e auxiliando o corpo técnico dos profissionais no desenvolvimento de seus trabalhos. A utilização de novas ferramentas fruto de toda essa evolução tecnológica, torna os trabalhos técnicos cada vez mais desafiadores, dinâmicos, inovadores e atrativos.

Dentre as diversas tecnologias no mercado atualmente, podemos evidenciar um grande aumento na utilização dos Veículos Aéreos não Tripulados, os VANTs, drones ou RPAs. No Brasil o SISANT/ANAC Sistema de Aeronaves não Tripuladas juntamente com a Agência Nacional de Aviação Civil registrou até o mês de março/2022 mais de 95.753 aeronaves em seu cadastro.

No entanto o uso de VANTs no Brasil ainda apresenta dificuldades operacionais, técnicas e legais, pois, por se tratar de uma tecnologia relativamente recente e de dinâmica evolução, a legislação nacional ainda passa por adaptações, e, apesar da crescente oferta de modelos e marcas de aeronaves no mercado, poucos estão bem adaptados para fins de mapeamentos e levantamento de dados precisos.

Os VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) surgiram no mercado recentemente em relação a outras tecnologias. A legislação e regulamentação de uso das plataformas de voos no Brasil é elaborada pela Agência Nacional de Aviação Civil que, criou o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial nº 94/2017 (RBAC-E nº 94/2017) documento que serve como um conjunto de regras e orientações para operações civis envolvendo os RPAs (Remotely Piloted Aircraft). No regulamento, os aeromodelos são as aeronaves não tripuladas remotamente pilotadas usadas para recreação e lazer e as aeronaves remotamente pilotadas (RPA) são as aeronaves não tripuladas utilizadas para outros fins como experimentais, comerciais ou institucionais.

Quando aplicada as metodologias ligadas aos levantamentos aéreos utilizando os VANTs na engenharia podemos destacar um mercado promissor em diversas áreas:

 

Engenharia Civil

 

– Acompanhamento de obras;

– Topografia de terrenos urbanos;

– Inspeção predial e de áreas construídas;

– Mapeamento de estradas e vias de transporte;

– Inspeção predial e averiguação de patologias em obras de arte de engenharia;

 

Agronomia

 

– Topografia para plantio;

– Mensurações e cálculos de biomassa plantada;

– Saúde da vegetação com mapeamento NDVI;

– Monitoramento de falhas no plantio;

– Identificação de regiões com baixa produtividade;

– Pulverização.

 

Engenharia Ambiental

 

– Mapeamento de APPs e Reservas legais;

– Identificação de processos erosivos;

– Análise ambiental para construção de corredores ecológicos;

– CAR – Cadastro Ambiental Rural;

– Manejo florestal e identificação de áreas de supressão e reflorestamento.

Engenharia Elétrica

 

– Prospecção de áreas propícias ao recebimento de usinas fotovoltaicas;

– Monitoramento de instalações de placas solares;

– Inspeção de telhados;

– Implementação de linhas de energia;

– Fiscalização de barragens hidrelétricas.

 

Engenharia de Minas / Geologia / Geografia

 

– Acompanhamento geológico em áreas de mineração;

– Implementação de dutovias (gasoduto, mineroduto, oleoduto, etc.);

– Mapeamento e mensurações de bacias hidrográficas;

– Monitoramento de barragens de rejeito;

– Caracterização de áreas urbanas e rurais;

– Planejamento urbano;

– Georreferenciamento de imóveis rurais e urbanos;

– Topografia e produtos cartográficos.

 

É válido ressaltar que para o desenvolvimento de qualquer trabalho técnico de cada área citada acima e que venha a utilizar das metodologias de aerolevantamento utilizando os VANTs o profissional deve ser capacitado em termos acadêmicos e atuar de maneira legal junto às instituições e organizações que regulamentam os processos vinculados ao aerolevantamento, como ANAC, ANATEL, DECEA, Ministério da Defesa, etc.

Para o desenvolvimento de qualquer projeto o profissional além de capacitado deve estar devidamente registrado no CREA-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo) e desenvolver seu trabalho de maneira legal, ética e responsável. Além de seu registro no conselho o profissional deve obrigatoriamente tirar a ART referente ao projeto ou serviço técnico realizado. A ART é o documento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo desenvolvimento de atividade técnica no âmbito das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. A Lei nº 6.496/77 estabeleceu sua obrigatoriedade em todo contrato para execução de obra ou prestação de serviço de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, bem como para o desempenho de cargo ou função para a qual sejam necessários habilitação legal e conhecimentos técnicos nas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.

A ASSENAB – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Birigui aconselha e orienta os profissionais das diversas áreas da engenharia que atuem sempre de maneira legal, ética e responsável, tornando assim a sociedade um ambiente seguro e saudável a todos. A associação é uma entidade de classe e tem por objetivo representar e defender todos os engenheiros, arquitetos e técnicos junto a sociedade, além de trazer cursos, palestras, workshops, eventos e convênios a seus associados para um melhor desenvolvimento tecnológico e profissional da engenharia.

 

Elaborado por:

Gustavo H. de Oliveira

Geógrafo e Mestre em Geografia (UFMS)

Inspetor da Câmara Téc. Agrimensura

CREA-SP: 5069426589

Diretor da ASSENAB

CEO – MapFlay Mapeamento Aéreo

e Soluções em Geoprocessamento

Março de 2022